domingo, 21 de novembro de 2010

São Paulo bate recorde de doação de órgãos


Até o dia 10 de novembro deste ano foram registradas 760 ocorrências

Transplante de órgãos
(AFP)
O estado de São Paulo estabeleceu neste ano uma marca recorde de doações de órgãos. A Secretaria de Estado da Saúde informou em nota que, de acordo com dados da Central de Transplantes, entre 1º de janeiro e 10 de novembro foram registradas 760 doações. O número é superior ao acumulado durante todo o ano passado, com 705 ocorrências. Na comparação com o mesmo período de 2009, a alta é de 25%.
O número de transplantes realizados nos hospitais paulistas entre janeiro e novembro foi de 2.018, sendo 69 de coração, 89 de pâncreas, 1.238 de rim, 569 de fígado e 53 de pulmão. No mesmo período de 2009, houve 1.708 transplantes em todo o estado: 82 de coração, 108 de pâncreas, 993 de rim, 499 de fígado e 26 de pulmão. 
Desde 2009, a Secretaria de Saúde mantém coordenadores de doação e transplante em 22 hospitais da rede estadual. Esses profissionais têm como função identificar pacientes que possam ser potenciais doadores e acompanhar o processo de realização de exames para viabilizar a doação. A pasta orienta àqueles que desejam ser doadores de órgãos para que deixem essa intenção clara aos seus familiares, pois somente a família pode autorizar ou não a retirada de órgãos para transplante em caso de óbito.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Órgãos de vítima fatal em Cuiabá ajudam a salvar vidas em várias partes do país

fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/orgaos-de-vitima-fatal-em-cuiaba-ajudam-salvar-vidas-em-varias-partes-do-pais.html

A equipe médica saiu de Curitiba e viajou quase dois mil quilômetros para fazer a retirada dos órgãos em Cuiabá. Robert Salvatore, 19 anos, morreu depois de sofrer um acidente com a moto que pilotava, em Cuiabá. Os pais dele autorizaram a doação dos órgãos.

Os órgãos de uma vítima de um acidente fatal em Cuiabá ajudaram a salvar vidas em várias partes do Brasil -- graças à rapidez de uma equipe médica. A equipe médica saiu de Curitiba e viajou quase dois mil quilômetros para fazer a retirada dos órgãos em Cuiabá.
Nos corredores do hospital, os médicos encontraram o pai e um primo do doador. Robert Salvatore, 19 anos, morreu depois de sofrer um acidente com a moto que pilotava.
“Na lembrança eu só quero ter aquele rosto a risada dele, com a alegria dele”, diz o primo do rapaz, Michel Coelho.”
O pai Jorge Senatore explicou o motivo de ter autorizado a doação. "Na verdade ele teve essa vontade”, conta.
Quatro horas depois, os médicos deixaram a sala de cirurgia. Nem todos os órgãos foram aproveitados.
“Cada órgão tem tempo adequado para ser aproveitado. Infelizmente o pulmão e o coração não têm tempo hábil de estar fazendo essa retirada, o acondicionamento", explica Fátima Melo, da central de transplantes.
Mas os rins e o fígado do rapaz salvaram vidas, em Brasília, Fortaleza e Curitiba. Gestos como os da família de Robert têm aumentado o número de doações no país. Este ano foram realizados 2.367 transplantes, 16% a mais que 2009, segundo Ministério da Saúde.
Dona Zirandete Luís de Sá, 35 anos, recebeu um rim de Robert e um presente de aniversário. Ela agora não vai precisar enfrentar as longas sessões de hemodiálise. “Estou muito feliz com meu rim, vou me recuperar bem”.
“Eu sei que um pedacinho do meu filho vai funcionar em algum, em algumas pessoas. O importante é o salvamento das pessoas que precisam de órgãos”, afirma o pai de Robert.

domingo, 7 de novembro de 2010

Doados órgãos de garoto que morreu após beber meia garrafa de vodca

20h12, 06 de Novembro de 2010

O corpo do garoto de 7 anos que morreu após ingerir meia garrafa de vodca chegou ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte neste sábado, às 9h. Já foi realizada a necrópsia e agora falta a família fazer a liberação. O enterro será neste domingo, 07, no Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte.
A família autorizou a doação de órgãos. Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), foram doados os rins do garoto. Dois homens, um de 46 anos e outro de 38, foram beneficiados. Um é morador de Belo Horizonte e o outro mora no interior de Minas Gerais. A Fhemig não divulgou qual a cidade e nem os nomes das pessoas beneficiadas pela doação.
Após entrar em coma por causa da intoxicação alcoólica, foi confirmada na tarde desta sexta-feira, 05, a morte cerebral do menino que bebeu vodca escondido da mãe. O padrasto dele, que deixou a bebida na geladeira quando saiu de casa, foi indiciado por homicídio culposo.
Wellington B.J completaria 8 anos no próximo dia 11 de novembro. O garoto, que morava em Itaiaiuçu, região Central de Minas, ingeriu a bebida no sábado, 30 de outubro. Ele ficou embriagado e, no domingo, 31 de outubro, começou a passar mal. Ele foi levado para o hospital de Itaiaiuçu, depois transferido para o de Itaúna e em seguida para o HPS João XXIII.
uai.com.br


Governo investirá R$ 76 milhões para estimular a doação de órgãos no país

27/09/2010 16h45 - Atualizado em 27/09/2010 18h06
Expectativa é que transplantes de órgãos cresçam 20%.
Em 2009 foram realizadas mais de 20 mil cirurgias do tipo no Brasil.
Do G1, em Brasília
O Ministério da Saúde assinou nesta segunda-feira (27), Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, portarias que preveem investimentos de R$ 76 milhões no setor de transplante de órgãos no Brasil.
Entre as medidas anunciadas, o governo pretende criar 80 novos leitos para transplante de medula óssea, implementar centros para transplante de córnea, ossos e pele, além de direcionar investimentos na capacitação de profissionais do setor.
Também foi lançada uma campanha para estimular a sociedade a discutir a importância da doação de órgãos e para que as pessoas informem às suas famílias seu desejo de doar órgãos.
Com isso, o ministério espera um aumento de 20% na quantidade de transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O SUS atende aproximadamente 95% dessas cirurgias no país. “O sistema não financia apenas o ato do transplante em si, vai desde o exame até o atendimento após a operação”, afirmou Marcia Bassit, ministra interina da Saúde.
Ela avaliou que há ainda alguns desafios a superar: “Por exemplo, garantir a igualdade no acesso aos transplantes e a redução na fila de espera e melhorar a qualidade dos atendimentos.” A ministra lembrou que aproximadamente 60 mil brasileiros aguardam na fila por transplantes.
O secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, alertou para dois outros problemas: uma em cada 4 famílias não autorizam a doação de órgãos e metade dos óbitos causados por morte cerebral não são comunicados pelos médicos para que se possa providenciar a doação dos órgãos. Segundo o ministério, o investimento na capacitação de profissionais do setor resultará na melhora desses dados.
Beltrame também explicou que a fila de espera tende a diminuir no próximos anos. “Isso é em todo o mundo. A tendência é o número de transplantes crescer mais que as filas”, afirmou. A explicação é a maior expectativa de vida, o diagnóstico mais rápido e os investimentos na área.
Questionado sobre o tempo médio de espera por um órgão no Brasil, o secretário disse que o tempo depende principalmente de dois fatores: a região do país e o órgão necessitado. “Por exemplo, em São Paulo, a espera por córneas é praticamente zero."